Já ouviu falar na economia circular? Entenda tudo por trás!
Você já deve ter ouvido aquela frase que diz que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, né? Essa fala super famosa do Lavoisier explica bem como funciona todo o ecossistema: em um movimento circular, onde tudo que é orgânico se renova de alguma forma e contribui pra um ciclo autossustentável, já que tudo é usado na medida certa.
Mas, na prática, o sistema no qual a gente vive não caminha junto a esse ciclo natural, mas sim em um movimento linear, onde os recursos naturais são usados de forma desenfreada, sem permitir que sobre o suficiente pros novos ciclos — o que não é nada bom nem pra nós, nem pro Planeta!
Por sorte, existe uma teoria econômica que propõe quebrar esse comportamento e restaurar a ordem natural das coisas através de um olhar mais consciente pro uso dos bens naturais: eu tô falando da economia circular, um conceito 100% alinhado com as práticas de sustentabilidade ambiental e social.
Hoje, eu convido você pra um papo super legal sobre esse assunto, onde nós vamos descobrir o que é a economia circular, quais são suas características e benefícios pro meio ambiente e como aplicar ela na rotina. Vem comigo?
Índice
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O que é a economia circular?
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O que caracteriza a economia circular?
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1. Acabar com resíduos e poluição
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2. Preservar produtos e materiais que já existem
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3. Regenerar os sistemas naturais
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Quais são os benefícios de adotar a economia circular?
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Como aplicar a economia circular no dia a dia?
O que é a economia circular?
A economia circular é um conceito econômico que propõe utilizar os recursos naturais de forma inteligente, contribuindo com a sustentabilidade e respeitando a forma com que o movimento cíclico da própria natureza distribui seus bens hídricos, energéticos, biológicos e minerais por todo o ecossistema.
Essa teoria foi criada pelos economistas e ambientalistas David Pearce e Kerry Turner na Inglaterra em 1989, como uma proposta de reforma da economia linear: o sistema atual da sociedade que explora os recursos naturais de forma crescente pra criação e venda de produtos, desconsiderando a preservação do ecossistema e causando um acúmulo de lixo em quantidades absurdas — e sabemos bem que essa produção de lixo contribui diretamente pro aquecimento global, né?
Pra lutar contra isso, o conceito circular sugere um conjunto de práticas que redesenham a produção e comercialização de produtos pra que eles sejam cada vez mais reutilizáveis. Um exemplo bem real disso, que já acontece em muitos lugares, é a reutilização de peças de equipamentos eletrônicos velhos pra fabricação de novos.
Ao longo prazo, o resultado de ações como essa é a redução do lixo e a preservação dos bens naturais. O mais legal de tudo isso é que essa teoria engloba tudo, desde o comportamento das indústrias até o do indivíduo, mostrando que todo mundo pode fazer parte dessa revolução.
O que caracteriza a economia circular?
A economia circular possui três características principais, que são o princípio de tudo o que se pratica dentro desse sistema. Vem conhecer um pouquinho mais deles:
1. Acabar com resíduos e poluição
O primeiro princípio propõe considerar o uso de recursos e os métodos utilizados em toda a cadeia de produção de um produto, desde a extração de matérias-primas até o transporte, pra distribuição e consumo. A ideia é reformar e otimizar todas essas etapas, pra que elas resultem no mínimo possível de lixo e gerem pouca, ou nenhuma, poluição.
Um exemplo bem simples disso, na prática, é trocar as sacolas plásticas de supermercado por bolsas retornáveis de tecido ou embalagens biodegradáveis. Com essa troca simples, além de reduzir a produção de plástico — que sabemos bem o quanto demora pra se decompor na natureza —, você ainda consegue transportar suas compras de forma muito mais segura. Ou seja, só vantagem!
2. Preservar produtos e materiais que já existem
O segundo princípio é bem simples e eficaz: preservar e estender a vida útil de tudo o que consumimos diariamente, desde recursos naturais até vestuário e eletrônicos, por exemplo. E isso vale tanto pros indivíduos quanto pras indústrias, tá bem?
Aqui, o importante é reinventar um item quando ele parece estar chegando ao “fim”, seja através da reciclagem ou da reforma, evitando ao máximo o descarte desnecessário e a substituição por um novo, que poderia acabar custando mais exploração de recursos.
3. Regenerar os sistemas naturais
O terceiro princípio do conceito de economia circular engloba um processo um pouco mais demorado, mas que, de certa forma, é o maior benefício dessa teoria. Ele propõe que indústrias adotem práticas que não só sejam alinhadas com o movimento cíclico da natureza, mas que contribuam pra que ela se regenere dos danos que causamos a ela com a economia linear.
Ou seja, é uma reparação de todo o prejuízo já causado ao Planeta e a todos que fazem parte dele, incluindo nós mesmos. E tudo isso a partir de ações dentro do nosso sistema, que, cá entre nós, não é nenhum sacrifício de se fazer, né?
Quais são os benefícios de adotar a economia circular?
Bom, já deu pra perceber que a economia circular impacta diretamente o meio ambiente, certo? Mas não é só a natureza que se beneficia da implementação dessa prática dentro do nosso sistema, olha só o tanto de coisas boas que ela pode trazer:
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melhora na relação humana com a natureza;
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otimização da conservação da água e outros recursos naturais;
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reparo de danos ambientais e sociais causados pela exploração — até porque, quem vive em áreas altamente exploradas tende a sofrer muito com a escassez de recursos básicos, como a água e os alimentos;
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estímulo a um comportamento mais consciente e sustentável em toda a sociedade;
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redução de custos de produção e de produtos, já que a matéria-prima deles deixa de ser escassa;
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geração de empregos;
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diminuição dos lixos em aterros sanitários e lixões;
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melhora da qualidade de vida de todos no ecossistema.
Como aplicar a economia circular no dia a dia?
Colocar a mão na massa e praticar a economia circular no dia a dia, enquanto indivíduo, não é nada complicado, viu? O segredo tá em investir em trocas sustentáveis, como trocar o carro pela bike, fast fashion pela moda sustentável e os produtos líquidos por opções sólidas, como shampoos e condicionadores em barra.
O mais importante pra fazer esse comportamento circular funcionar é trazer um olhar mais consciente sobre a nossa relação com tudo o que a natureza oferece, entendendo que os seus recursos só conseguem se renovar se contribuirmos pra isso. Claro que, aqui, eu incluo também as grandes indústrias, até porque elas são as maiores responsáveis pela exploração do Planeta.
Se cada um fizer a sua parte, de pouco em pouco a gente consegue caminhar pra um mundo mais circular e sustentável, que caminha lado a lado com a ordem natural das coisas, do jeitinho que tem que ser.
A nossa conversa termina por aqui, mas você pode continuar explorando esse universo da sustentabilidade conferindo meu post sobre consumo consciente, onde eu trago várias dicas de como tratar com mais carinho cada escolha que fazemos no dia a dia.
A gente se vê em breve!